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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cristãos são massacrados em mais um país africano

A ONU adverte que há um risco de genocídio na República Centro-Africana
Cristãos são massacrados em mais um país africanoCristãos são massacrados em mais um país africano
A República Centro-Africana é um país que normalmente não chama atenção da mídia. Contudo, o país está em crise desde que radicais muçulmanos derrubaram o presidente François Bozize em março.
Segundo o relato oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Conselho de Segurança, é literalmente “um país sem lei”. No centro do conflito está a disputa pelo poder na nação de 4,6 milhões de habitantes.
Em geral, as notícias sobre o conflito divulgadas na imprensa falam somente de um aspecto étnico. Contudo, o embaixador francês na ONU, Gerard Araud, denunciou a comissão de direitos humanos da ONU: “Cresce a cada dia a violência no país. Os muçulmanos atacaram e massacraram igrejas e cristãos. Agora, estão surgindo milícias cristãs dispostas a enfrentar com armas os muçulmanos”.
Oficialmente, a ex-colônia francesa tem 66% de cristãos e 17% de muçulmanos. Mesmo sendo minoria, os islâmicos querem instituir a sharia, e o conflito político se transformou em uma verdadeira guerra religiosa.
Na cidade de Bossangoa, local de nascimento do ex-presidente, milhares de cristãos fugiram de suas casas depois dos ataques de rebeldes jihadistas. Mais de mil deles se refugiaram na missão católica no centro da cidade, com medo de serem mortos, mas muitos viram suas casas serem invadidas e queimadas.
O líder cristão Juan José Aguirre explica que os cristãos organizaram uma marcha para protestar contra abusos cometidos por combatentes muçulmanos que invadiram a cidade. “Eles não gostaram, trouxeram suas armas e quiseram impedir a marcha. A situação deteriorou-se tudo começou a partir dai. Todos os que morreram eram de nossa comunidade cristã”, declarou. ”Estamos sobrecarregados, são milhares de homens, mulheres e crianças pedindo abrigo”.
Não foi divulgado um número oficial dos mortos durante o conflito no país. Segundo a ONU, são cerca de 35 mil refugiados cristãos até o momento, cidades e vilas inteiras estão desertas.  Muitos missionários estrangeiros saíram do país a pedido das embaixadas que não podiam garantir sua segurança.
Grupos de direitos humanos acusam os rebeldes de saques, mortes, estupros e sequestro de crianças para se tornarem soldados. John Ging, diretor de operações humanitárias da ONU, descreve a situação como “caótica”. “A escala do sofrimento está entre as piores do mundo, ficando cada vez pior. É um barril de pólvora que pode se tornar algo muito, muito grande e muito, muito ruim”, lamentou.
Semelhantemente ao que ocorrer em outros países africanos como EgitoSudãoTanzâniaEtiópia, Somália e Quênia, os ataques contra cristãos têm se intensificado. Por isso, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu intervir, enviando 250 soldados para proteger os trabalhadores da ONU na República Centro-Africana.
Desde o golpe, o comando do país está na mão de Michel Djotodia, que convidou os rebeldes para fazer parte do exército nacional. Com informações World Mag, The Africa Report e BBC.

Fonte: Gospel Prime

Igreja da Síria critica silêncio de cristãos diante dos massacres

Igreja da Síria critica silêncio de cristãos diante dos massacresIgreja da Síria critica silêncio de cristãos diante dos massacres
Mais de um terço dos cristãos da Síria não está mais no país desde o início da guerra civil
Há mais de dois anos a história se repete. Milícias muçulmanas avançam sobre cidades onde cristãos e muçulmanos viviam em paz e tudo muda. Eles começam a forçar conversões ao islamismo, queimam e saqueiam casas e igrejas, chegando a decapitar ou até mesmo crucificar os que não negam sua fé em Jesus.
Notícias semelhantes chegaram ao conhecimento da imprensa mundial no início de novembro. Duas semanas atrás, milícias rebeldes invadiram a vila de Sadad, a 100 quilômetros da capital Damasco. O vilarejo é tão antigo que seu nome é mencionado na Bíblia em Números e em Ezequiel, com a grafia original de Zedade.
A grande maioria das 3000 pessoas que atualmente vivem ali são cristãos. Nos primeiros dias, 45 foram mortos, dezenas ficaram feridos e milhares forçados a abandonar suas casas usando apenas a roupa do corpo.
Os rebeldes que lutam contra o governo, destruíram igrejas e mosteiros que estavam no lugar havia séculos.  As Forças Armadas da Síria reocuparam a vila alguns dias depois, e muitos já regressaram para casas embora ainda temam novos ataques.
Surgiram agora relatos de dezenas de feridos e muitos desaparecidos. Um dos casos mais chocantes é de uma família inteira dizimada. Avó, filha e netos, com idades entre 16 e 90 anos, foram estrangulados e lançados juntos em uma cisterna.
Noura Haddad de 18 anos, que está refugiada numa cidade vizinha, lembra: “Eles queriam nos matar só porque éramos cristãos. Nos chamavam de kafirs (infiéis). Até mesmo os que eram nossos vizinhos se voltaram contra nós.  Tenho mantido contato com os poucos amigos cristãos que voltaram para casa, mas eu não posso dizer que ainda tenho algum amigo muçulmano depois disso. É muito triste”.
O arcebispo da Igreja Siro-Ortodoxa, Selwanos Boutros Alnemeh, lançou um questionamento incômodo durante o funeral das vítimas. “Pedimos socorro ao mundo; ninguém nos escuta. Onde está a consciência cristã? Onde estão os nossos irmãos?”.
Diferentes igrejas da Síria, incluindo ortodoxas, evangélicas e católicas, se uniram para pedir socorro e condenar a violência contínua contra os cristãos do país.
Mais de um terço dos cristãos da Síria não está mais no país desde o início da guerra civil, afirma o maior líder católico sírio, Gregório III Laham. Ele disse acreditar que mais de 450 mil cristãos estão refugiados ou mortos. Mesmo assim, afirmou que a comunidade cristã da Síria irá sobreviver. Segundo Laham, os cristãos devem testemunhar uma nova forma de vida e novos valores ao mundo árabe durante a atual crise. “A nossa missão é tentar mudar a visão do mundo árabe”. Com informações de Reuters e Catholic.

Fonte: Gospel Prime