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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Portas Abertas cria petição em apoio à igreja da Síria

Muitos cristãos estão fugindo com medo da violência gerada pelos confrontos


Portas Abertas cria petição em apoio à igreja da Síria
Os conflitos entre as forças armadas do governo de Bashar al-Assar e as tropas rebeldes tem feito com que muitas pessoas fujam da Síria com medo da violência que já matou mais de 100 mil pessoas.
O problema político do país já dura mais de dois anos e tem tomado tons religiosos, já que os maiores opositores ao governo são jihadistas e os cristãos, que são apenas 5% da população, são favoráveis ao presidente.
Muitos cristãos estão deixando o país, por este motivo o ministério Portas Abertas está criando uma mobilização para ajudar os cristãos que não querem deixar o país. A campanha ganhou o nome de Apoie Síria e é possível participar assinando a petição ou contribuindo financeiramente com valores que serão entregues para igrejas locais.
As assinaturas recolhidas serão apresentadas pelo Portas Abertas Internacional a instâncias globais, demonstrando o apoio de cristãos em todo o mundo à Igreja na Síria.
Para conhecer todo o projeto e assinar a petição acesse o site www.apoiesiria.org onde além de participar da campanha é possível conhecer testemunhos de cristãos que estão na Síria enfrentando todos os problemas sociais e políticos que esses conflitos têm causado.
 
Fonte: Gospel Prime
via: Cpad News

Cristãos sírios oram a Deus para intervir em seu país

Islamitas têm obrigado muitos cristãos a deixarem o país


Cristãos sírios oram a Deus para intervir em seu país
Como os sírios se preparam para um possível ataque militar dos EUA, muitos cristãos do país estão orando por intervenção divina.
Eles dizem que a ação militar contra o regime de Assad só trará mais sofrimentos e eles estão pedindo aos cristãos em todo o mundo que orem para que Deus intervenha e conceda à paz para a nação. Eles acreditam que as orações coletivas ao redor do mundo possam impedir escaladas de conflito.
Um pastor da Síria, que reside nos EUA, que viaja constantemente para o país disse que "os cristãos estão vivendo com medo na Síria. Nós sabemos o que pode acontecer e vemos o resultado de tal ação, dos EUA e da OTAN, que será a destruição dos cristãos no Oriente Médio e, particularmente, na Síria. "
Por razões de segurança, ele pediu para preservar seu anonimato, não só para a sua proteção, mas também para a de outros cristãos sírios de represálias dos islamitas.
Eles consideram que qualquer ataque militar dos Estados Unidos só fortaleça os islamitas que atacaram os cristãos.
"Havendo impacto da OTAN sobre a Síria, isso significa que eles vão enfraquecer a estrutura e o sistema da Síria será destruído, o que significa que a lei seguirá Sharia (islâmica), e que ela é contra a existência do cristianismo em que parte do mundo ", disse ele.
Os islamitas têm obrigado muitos cristãos a deixarem o país. Outros foram mortos ou seqüestrados, além de igrejas destruídas.
Embora muitos cristãos sírios sintam que o presidente americano Barack Obama os tenha abandonado, eles sabem que Deus não fez.
"Nós sabemos que Deus nos prometeu de que iria proteger a comunidade cristã na Síria e a nossa confiança não está em nenhuma potência ou regime qualquer dos EUA, de ninguém mais. Esta é a confiança de que o mesmo Deus vê e ouve o grito dos cristãos ", disse o pastor.
"E é por isso que é crucial que os cristãos orem por seus irmãos sírios e irmãs em Cristo, porque Ele batalhará para a sobrevivência da Igreja síria", disse o preletor.
"Esta é uma batalha entre Jesus Cristo e o inimigo, e o que está acontecendo com os cristãos no Oriente Médio vai acontecer ao longo do tempo, muitos cristãos em todo o mundo e, especialmente. no Ocidente", disse.
Cristãos sírios oram, mas eles sabem que o resultado não está nas mãos de Bashar al-Assad, ou daqueles que se opõem a ele.
"Deus não está indo trabalhar para cumprir a agenda de ninguém. Deus vai fazê-lo em sua própria agenda e propósito do crescimento do Seu Reino ", finalizou.
 
Fonte: Mundo Cristiano
via: Cpad News

Cristão é preso na Argélia

Segundo um membro da Igreja Protestante da Argélia (EPA), o cristão Sofiane, da cidade argelina de Biskra, foi preso sexta-feira, 23 de agosto, pelaGendarmerie National (força policial militar), em um ponto de controle localizado cerca de 500 km ao sul de Argel

Argélia man.jpg
Sofiane é casado e pai de uma criança. Ele estava no táxi em direção à cidade de Oran (cerca de 300 km a oeste de Argel), quando foi detido por membros da Gendarmerie. A partir daí, o cristão foi levado a Biskra para ser interrogado.

Além disso, "a polícia invadiu a casa da família, levou o computador de Sofiane e outros itens pessoais", disse a fonte. A comunidade cristã na Argélia está preocupada com o fato de Sofiane ainda estar detido. "Quando a esposa dele foi à delegacia para obter informações sobre seu marido, disseram que não poderiam dizer nada".

Na Argélia, 29ª nação na Classificação de países por perseguição, os cristãos evangélicos são vistos como um perigo para a sociedade. O islamismo de tradição sunita é a religião oficial do país e não se permite que os cristãos testemunhem. Em março de 2006, foi aprovado o Decreto 06-03, que restringe cultos não islâmicos.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mulher cristã é sentenciada à morte por causa de um gole de água

Mulher cristã é sentenciada à morte por causa de um gole de águaCristã é sentenciada à morte por causa de um gole de água
Asia Bibi está em uma cadeia do Paquistão desde 2009.
Para a maioria de seus vizinhos, Aasiya Noreen, mais conhecida como Asia Bibi, é apenas uma mãe pobre de cinco filhos que mora na pequena aldeia de Ittan Wali, no Paquistão. Seu grande crime é ser cristã em um país onde 97% da população é muçulmana.
Desde 2009 ela está numa cela de prisão, podendo enfrentar em breve a morte por enforcamento. A acusação de blasfêmia a persegue. Sua única chance de continuar viva é se converter ao islamismo. Ela sabe que um julgamento justo nunca virá. Mesmo assim, decidiu contar sua história em forma de livro.
O título de suas memórias é justamente “Blasfêmia”, e foi ditado ao seu marido nas vezes que ela a visitou na prisão. Ele entregou o texto à jornalista francesa Anne-Isabelle Tollet, que o revisou e encaminhou para uma editora. Agora Asia poderá mostrar ao mundo a versão da vítima desse caso que se tornou um símbolo da luta pelos direitos humanos.
O governo do Paquistão já sofreu pressão internacional para libertá-la, mas teme a reação dos extremistas muçulmanos. Aos 42 anos ela foi transferida recentemente para uma prisão mais remota, onde teme que seja assassinada. Dois funcionários do governo que tentaram defendê-la desde sua prisão foram assassinados. Um deles era Salman Taseer, governador do Estado de Punjab, o outro era Shahbaz Bhatti, Ministro das Minorias, que foi morto pelo Talibã poucos meses depois.
No livro, Bibi explica a “transgressão” simples que pode lhe custar a vida. Ela vivia pacificamente em sua aldeia até o dia em que foi acusada por uma vizinha, Musarat, e três outras mulheres, de ter insultado o islamismo e o profeta Maomé. Embora tenha negado por diversas vezes, os demais moradores não acreditaram na sua palavra.
O chefe da aldeia disse que ela devia provar isso convertendo-se ao Islã. Ela disse que permaneceria fiel a Jesus. Por isso, Bibi foi agredida violentamente pelos muçulmanos, inclusive com pedaços de pau. Quando estava quase inconsciente, os policiais chegaram e a prenderam sob a acusação de “blasfêmia”.
Na delegacia, com muitos sangramentos e um braço quebrado, pediu compressas para as feridas. Não recebeu e foi algemada e acorrentada, sendo levada para a prisão de Sheikhupura, onde está detida.
O relato biográfico de Asia Bibi será lançado no início de setembro e pretende contar a história desta mulher que se tornou um símbolo dos atos de violência cometidos por questões religiosas, uma clara violação dos direitos humanos. As informações são de Urban Christian News e New York Post.
Leia abaixo um trecho:
“Eu não sei quanto tempo me resta para viver. Toda vez que a porta da minha cela se abre, meu coração bate mais rápido. Minha vida está nas mãos de Deus e eu não sei o que vai acontecer comigo. É uma existência brutal, cruel. Mas eu sou inocente. Eu sou culpada apenas de ser considerada culpada. Estou começando a me perguntar se ser cristão no Paquistão, hoje em dia não é apenas ser diferente, mas se trata de um verdadeiro crime.
Mesmo mantida nessa minúscula cela sem janelas, quero que minha voz e minha raiva possam ser ouvida. Eu quero que o mundo inteiro saiba que eu posso ser enforcada por causa do meu vizinho. O que eu fiz de errado? Eu bebi água de um poço pertencente aos muçulmanos, usando o copo “deles”, no calor ardente do sol do meio-dia.
Eu, Asia Bibi, foi condenada à morte porque estava com sede. Eu estou prisioneira porque decidi ser gentil com uma vizinha. Eu servi um copo de água e ofereci e ala. Usei o mesmo copo que as mulheres muçulmanas, pois a água servida por uma mulher cristã era considerada impura pelas outras mulheres da vila, aquelas ignorantes catadoras de frutas.
Aquele dia, 14 de junho de 2009, está impresso em minha memória. Eu ainda posso ver cada detalhe. Acordei cedo de manhã e fui participar da colheita e trabalhei muito… até que tive sede… Uma outra mulher estava junto comigo no poço. Após eu beber no copo de metal que fica no poço, ofereci a ela. Foi quando Musarat começou a gritar “haram” [pecado]… Ouçam, todas vocês, esta cristã sujou a água do poço, bebendo em nosso copo e mergulhando-o de volta várias vezes. Agora a água está suja e não podemos mais beber! Por causa dela!
Era tão injusto, que pela primeira vez decidi me defender e levantar minha voz. “Eu acho que Jesus vê as coisas diferentemente de Maomé.” Musarat fica furiosa. “Como você se atreve a falar do Profeta, seu animal imundo!” Três outras mulheres começam a gritar ainda mais alto.
“Isso mesmo, você é apenas uma cristã imunda! Você contaminou a nossa água e agora se atreve a falar o nome do Profeta! Cadela estúpida, seu Jesus não tinha sequer um bom pai, ele era um filho da prostituta, você não sabe disso. “
Musarat parecia que vinha me agredir e gritou: “Você deveria se converter ao islamismo para se redimir de sua religião imunda”.
Eu ainda sinto uma profunda dor dentro do meu peito. Nós, cristãos, sempre ficamos em silêncio. Fomos ensinados desde bebês a nunca dizer nada e mantermos a calma, por que somos uma minoria. Mas eu sou teimosa demais e queria reagir, queria defender a minha fé. Respirei fundo e enchi meus pulmões com coragem. “Eu não vou me converter. Eu acredito na minha religião e em Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que o seu profeta Maomé fez para salvar a humanidade? E por que eu deveria me converter e não você?”
Musarat cuspiu na minha cara com todo o desprezo que ela podia demonstrar. Elas me empurraram. Mesmo enquanto eu corria para casa, ainda podia ouvi-las me ofendendo”.
Fonte: Gospel Prime

Clérigo que acusou a cristã Rimsha Masih é absolvido



Khalid Jadoon Chishti.jpg
A menina de 14 anos foi presa, suspeita de profanar textos islâmicos. Mais tarde, descobriu-se que o clérigo que a acusou forjou as provas com o intuito de prejudicá-la. O religioso foi então detido.Mesesdepois, ele foi absolvido de todas as acusações


Para melhor compreensão do texto abaixo, leia “Paquistão: caso Rimsha foi resolvido!”.

O caso contra o clérigo Khalid Jadoon Chishti foi encerrado após a corte julgar que não havia evidências suficientes contra ele. Testemunhas tinham, previamente, feito declarações alegando que haviam plantado páginas queimadas do Alcorão no saco de lixo usado por Rimsha, antes de fazer acusações de blasfêmia contra a garota no alto-falante do mosteiro dele, incitando a violência da multidão. As mesmas testemunhas depois disseram que tinham sido coagidas pela polícia e retiraram suas declarações.

Em outubro passado, em resposta ao Universal Periodic Review (UPR) nas Nações Unidas, o governo paquistanês citou a prisão de Chishti como progresso, quando confrontado com várias críticas relativas à leis de blasfêmia. Foi descrito como enviando “uma forte mensagem a todos aqueles que estão tentando usar indevidamente” as leis, e um “ponto de virada na história do Paquistão”.

Tahir Ashrafi, presidente do Conselho Ulema do Paquistão, uma coalizão de liderança de clérigos islâmicos no Paquistão, expressou seu desapontamento com a decisão. O Conselho virou manchete ano passado ao condenar o uso indevido das leis de blasfêmia no país e pedindo que o caso de Rimsha fosse conduzido justamente.

Rimsha, cuja idade mental foi considerada em torno de 14 anos, foi acusada de profanar o Alcorão sob o artigo 295B do Código Penal Paquistanês (CPP), em agosto de 2012. Seu caso foi encerrado pela Suprema Corte Paquistanesa em janeiro de 2013. Ela e sua família tiveram asilo concedido no Canadá.

Benedict Rogers, diretor jurídico da Christian Solidarity Worldwide (CSW), disse: “A prisão do acusador de Rimsha ano passado foi amplamente louvada como um ponto de virada nos casos de blasfêmia no Paquistão. O colapso do caso é desapontador e reforça a contínua falta de responsabilidade e senso de impunidade que há no coração das falsas alegações de blasfêmia. Isto traz uma mensagem para aqueles que usam indevidamente as leis e permanecem impunes.”

Fonte: Portas Abertas


terça-feira, 20 de agosto de 2013

EGITO: CSW expressa preocupação acerca dos ataques contra cristãos, após papa copta cancelar sermões públicos

tawadros2A Christian Solidarity Worldwide (CSW) está profundamente preocupada com os contínuos ataques contra Cristãos Egípcios, que têm crescido com frequência desde a retirada do regime de Morsi e fez o Papa copta Tawadros II cancelar seus sermões públicos da semana.
Violência e discurso de ódio direcionados a minorias religiosas já estavam aumentando durante o período do antigo presidente. Desde sua retirada do poder, ataques à comunidade Copta tem crescido sensivelmente, principalmente (mas não exclusivamente) no Alto Egito, seguindo acusações de várias fontes Islâmicas de que os Cristãos exerceram papel central na retirada do regime de Morsi.
Em 7 de agosto, 16 organizações de direitos humanos Egípcios emitiram uma declaração expressando “grave preocupação relativa à violência sectária que tem como alvo os Cristãos e suas igrejas desde o levante de 30 de junho” e denunciaram “a contínua negligência das instituições estatais em fornecer a proteção necessária aos cidadãos Cristãos, para decisivamente confrontar ataques sectários e cumprir a lei, punindo os responsáveis pelos atos de violência sectária, que foram vistos em várias províncias”.
Em declaração, o Bispo Angaelos, Bispo Geral Da Igreja Ortodoxa Copta no Reino Unido, disse: “O Egito não pode progredir enquanto as estruturas estatais não mantiverem as pessoas a salvo de crimes odiosos que continuam a dividir ainda mais o país, promovendo maior polarização em todos os níveis. Esforços proativos devem ser feitos, a fim de que a coesão social e a inclusão de todos os membros da sociedade ocorram, de forma que esta nova fase da história Egípcia possa ser construída com base na verdadeira unidade, colaboração e reconciliação”.
O Diretor Executivo da CSW, Mervyn Thomas, disse: “A CSW pede que o governo interino garanta a segurança da comunidade Copta, e que aqueles que estão perpetrando a violência sectária sejam presos e penalizados. Os Cristão Egípcios devem ter seus direitos garantidos como a lei garante para seus concidadãos. Nós continuamos a orar e a ser solidários com todos os Egípcios neste tempo crítico na jornada da nação em direção à completa democracia”.
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FONTE: CSW
TRADUÇÃO: JORGE ALBERTO  

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ex-muçulmano tem rosto queimado com ácido por se converter ao cristianismo


Ex-muçulmano tem rosto queimado com ácido por se converter ao cristianismo
Ele conta que Jesus lhe apareceu em um sonho
Em uma entrevista recente à CBN News, Omar Mulinde, um ex-muçulmano, afirmou ter tido um sonho que ele afirma ter sido uma experiência que venceu seu ódio por Israel e o levou a abandonar o islamismo.
Mulinde disse que Jesus Cristo apareceu para ele enquanto ele dormia, e ele supostamente veio com uma mensagem profunda. O evento, que o convertido considera um ponto de virada em sua vida, levou-o rapidamente para longe do Islã.
"Eu estava no meio do fogo chorando, e vi as que pessoas que estavam comigo nesse fogo eram os irmãos muçulmanos. Eu estava chorando, e alguém brilhando no lado direito me disse: ‘o Islã está levando você a esta tortura. Se você se arrepender e nascer de novo, você vai sobreviver’.", contou à CBN.
Ele conta que no começo ignorou o sonho, mas que o teve novamente. Depois da segunda vez, Cristo apareceu, segundo Mulinde que disse que iria à igreja e se tornou um cristão. Posteriormente, ele conheceu uma igreja em Uganda e tornou-se um pastor.
Após encontrar a fé, ele conta ter deixando sua antiga religião, o que o levou a viver um constante risco de vida, mas ele sabia dos riscos (não é incomum para os convertidos em certos países sofrerem violência, até mesmo a morte, como resultado de deixar a fé muçulmana). Na véspera de Natal, em 2011, dois muçulmanos o atacaram com ácido. O ataque corroeu parte da pele de seu rosto, e levou à perda de um olho e uma orelha.
"Minha conversão do islamismo e meu amor e promoção do amor por Israel na minha comunidade motivou as pessoas do outro lado a me assombrarem e me caçarem para matar", explicou.
Hoje, ele é forçado a usar uma máscara especial para ajudar na sua cura, e passa por enxertos de pele e outras cirurgias corretivas.
"Eu sou a verdadeira imagem de tudo o que o Islã é", finalizou. 
 
Fonte: Gospel Mais

Muçulmanos incendiaram dois prédios da Sociedade Bíblica do Egito


Muçulmanos incendiaram dois prédios da Sociedade Bíblica do Egito
O clima de guerra civil no Egito após a destituição do primeiro presidente eleito do país, Mohamed Morsi e a tomada de poder das Forças Armadas vem ganhando contornos de perseguição religiosa.

Dois prédios da Sociedade Bíblica do Egito, nas cidades de Assiut e Minya, foram completamente queimados por ativistas islâmicos. Os locais abrigavam livrarias da Sociedade Bíblica, que está presente no país há mais de um século.

Ramez Atallah, secretário-geral da entidade no país, afirmou em nota que nenhum funcionário ficou ferido pois as livrarias não abriram no dia por medo de ataques dos radicais: “Os assaltantes derrubaram as portas de metal que protegem as livrarias, quebraram as vitrines e atearam fogo. Fizeram o mesmo em muitas outras lojas na rua, assim como destruíram muitos carros que estavam nos estacionados”, disse.

No documento divulgado pela Sociedade Bíblica do Egito, os integrantes da entidade pedem oração pelo país, e fala abertamente sobre a Irmandade Muçulmana, principal entidade religiosa por trás das manifestações que pedem a restituição de Morsi à presidência. O texto pede que os fiéis islâmicos mudem sua postura em relação aos cristãos.
Atividades islâmicos incendiaram os prédios que abrigavam livrarias
“A Sociedade Bíblia do Egito esta em operação durante 129 anos no país e esta é a primeira vez que fomos vitimas deste tipo de ataques. Damos graças a Deus por sua proteção, e louvamos porque nenhuns de nossos funcionários ficaram feridos e estão determinados, assim que as coisas acalmarem, rapidamente restauraram as duas livrarias para continuar proporcionado a Palavra de Deus nessas duas cidades estratégicas”, disse Atallah.

Perseguição

O presidente deposto Mohamed Morsi foi eleito democraticamente após a chamada Primavera Árabe, e aprovou uma nova Constituição no Egito, que restringia as liberdades civis de minorias religiosas, como os cristãos.

Após sua deposição, apoiada por grande parte da população, as lideranças muçulmanas iniciaram uma onda de manifestações pelo país, incluindo a capital, Cairo.

Os protestos não se restringem aos militares, e muitas igrejas cristãs tem sido queimadas. Nos últimos dias, aproximadamente 40 foram saqueadas e destruídas por incêndios.

Escolas cristãs também tem se tornado alvo, de acordo com o Huffington Post. Em um dos casos, após incendiarem uma escola franciscana, três muçulmanos tomaram as freiras como “prisioneiras de guerra”, e as forçaram a acompanhá-los nas ruas, como se fossem troféus de uma guerra, até que uma mulher muçulmana interviu e as deu abrigo.

Outras duas mulheres que trabalhavam na escola foram abusadas sexualmente pelos ativistas no meio da multidão, nas ruas de Cairo.

A maioria dos cristãos no país são coptas, que tem sido atacados também em seus empreendimentos pessoais. A imprensa internacional revelou que casas e empresas de cristãos também tem sido atacadas, como forma de intimidação.


Fonte: Gospel Mais

Nova lei proíbe conversões na Índia. Oremos

Nova lei proíbe conversões na ÍndiaNova lei proíbe conversões na Índia
Mudanças políticas irão dificultar a vida de convertidos a Cristo
Segundo país mais populoso do mundo, com mais de um bilhão de habitantes, a Índia é majoritariamente hinduísta. Agora, uma nova lei anticonversão pode marcar definitivamente a história da nação milenar.
Desde 1968 há uma luta jurídica em relação ao Ato de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh, um dos Estados indianos mais populosos. A denúncia do Conselho Global de Cristãos da Índia anunciou que Shri Ram Naresh Yadav, governador do Estado, assinou a emenda que proíbe as pessoas de mudarem de religião sem autorização do governo. Ironicamente, a lei implica em seu nome a liberdade de culto.
A pressão dos extremistas hindus é para que ocorra o mesmo muçulmanos, onde desde o nascimento a religião vem impressa nos documentos do cidadão. O país chega a essa decisão antidemocrática em meio às comemorações do 67º aniversário da independência da Índia do domínio inglês.
Sajan George, presidente do Conselho Global, diz que “A democracia leiga da Índia está em perigo por causa da lei anticonversão”. A modificação de 2013, altera o 5º parágrafo da lei estadual e impõe aos sacerdotes que apresentem às autoridades locais todos os detalhes relativos à pessoa que decidiu mudar de religião, pelo menos 30 dias antes da cerimônia. Além disso, precisa fornecer uma lista com os nomes e endereços daqueles que desejam a conversão.
Caso isso não seja feito, explica o líder cristão, “corre-se o risco de uma multa de 50 mil rupias (cerca de R$ 1.700) e até três anos de cadeia; ou 100 mil rupias (R$ 3.500) e até quatro anos de cadeia quando forem menores de idade ou pessoas sem castas ou de povos tribais”.
George explica que “o governo tentou impor esta lei muito severa para agradar a maioria hindu, antes das próximas eleições”. No Estado de Madhya Pradesh fica a sede do Bharatiya Janata, partido ultranacionalista hindu que apoia grupos extremistas acusados de violência e perseguição contra as minorias étnicas, sociais e religiosas em toda a Índia.
O temor dos cristãos é a medida seja ampliada para todo o país, o que causaria uma modificação na Constituição indiana, que assegura a liberdade religiosa. A Federação Evangélica da Índia apelou ao Supremo Tribunal, que reconhece que existe uma violação ao direito fundamental à privacidade previsto na Constituição da Índia. “A crença ou religião de uma pessoa é algo muito pessoal”, afirmou o tribunal em nota.
“O Estado não tem o direito de pedir uma pessoa para divulgue qual é a sua crença pessoal… no caso de uma pessoa decidir mudar sua religião ao dar um aviso prévio aumentam as chances de o convertido ser submetido a tortura física e psicológica”.
Até o momento o governo da capital Nova Deli não se manifestou sobre o assunto. Historicamente, hindus convivem com budistas, siques, jainistas, muçulmanos e cristãos. Por diferenças religiosas, a Índia perdeu território e viu surgirem dois países independentes: o Paquistão (1947) e Bangladesh (1971) ambos de maioria muçulmana.

Fonte: Gospel Prime

Irmandade Muçulmana está disposta a “eliminar o cristianismo do Egito”

Irmandade Muçulmana está disposta a “eliminar o cristianismo do Egito”Irmandade Muçulmana está disposta a "eliminar o cristianismo do Egito"
Dezenas de igrejas, escolas, instituições, casas e lojas cristãs foram saqueadas e queimadas, somente nos últimos três dias. Os ataques seriam uma ordem da Irmandade Muçulmana. Em alguns dos templos queimados foram colocadas bandeiras do grupo terrorista Al Qaida.
Em um país à beira de uma guerra civil, quem mais está sofrendo são os cristãos. Minoria que soma cerca de 10% da população, eles têm sido o alvo preferencial nesse período “sem lei” que o Egito vive desde que o presidente Mohammed Morsi foi deposto. Na última sexta-feira, a Irmandade Muçulmana, grupo extremista que deseja controlar decretou o “dia de fúria”, que deixou centenas de mortos.
Grupos defensores dos  denunciam os ataques a cristãos e as igrejas queimadas, além de um de mortos que pode chegar a 600.  Foram pelo menos 40 novos ataques que deixaram igrejas saqueadas e incendiadas, enquanto 23 outros locais foram atacados.
Os ataques ocorreram em cidades como Cairo, Alexandria, Suez e Minya. O grupo cristão mais atingido são os coptas, mas ocorreram ataques contra igrejas evangélicas e católicas, assim como instituições e escolas cristãs.
Enquanto o país está dividido em grupos favoráveis e contrários a Morsi, milhares de cristãos falam em sair do Egito. Eles temem que a Irmandade cumpra sua ameaça de “eliminar o cristianismo” da nação.  Nos últimos dias, centenas de cristãos estão abandonando o país e teme-se que milhares sigam o mesmo caminho nas próximas semanas.
Embora a justificativa seja uma declaração do líder copta, Tawadros II, que apoiou a derrubada de Morsi, as ameaças são antigas. Segundo um homem que se identifica apenas como Sr. Awad “As relações entre cristãos e muçulmanos costumava ser boas… Nós éramos vizinhos e amigos, fazíamos negócios e conversávamos uns os outros. No entanto, quando eles tiveram que escolher entre religião e a amizade, eles escolheram a religião”.
Em Suez, o bispo anglicano Mouneer Anis, escreveu em uma carta aberta relatando que sua igreja foi atingida por “pedras e coquetéis Molotov”.   Há registros de pessoas sendo arrastadas para fora das igreja e executadas no meio da rua. Três freiras foram forçadas a andar pelas ruas do Cairo como “prisioneiras de guerra”.  Em Minya, província ao sul do Cairo ocorreram os ataques mais violentos. Ali os cristãos representam cerca de 35% da população.
A Comissão sobre Liberdade Religiosa  dos Estados Unidos pediu ao governo americano que tome providência para reprimir a repressão religiosa. O presidente Obama citou isso em seu último discurso, onde pediu que cessassem os ataques contra igrejas.
A Christian Solidarity Worldwide, grupo com sede no Reino Unido, também expressou preocupação.  Daniel Sinclair, um  da organização, que defende que os governos internacionais ajam em favor das minorias religiosas. “Exortamos o nosso governo para garantir a  de todos os egípcios, independentemente de sua religião”, disse em .
Diversas campanhas de oração em favor dos cristãos no Egito tem sido convocadas por igrejas evangélicas e católicas de todo o mundo. Com informações de , Huffington Post e CS .
Mapa dos Ataques
Mapa dos Ataques a instituições cristãs no Egito.
 o que essa onda de violência devastadora atingiu até agora:
Sociedade Bíblica – queimada (Fayoum)•
Sociedade Bíblica – queimada (Asuit)
Biblioteca da Sociedade Bíblica – queimada (Cairo)•
Casas de cristãos atacadas e saqueadas (Minya)•
Propriedades e Lojas de Cristãos – Queimadas (Arish)•
Escritórios da  Evangélica– queimados (Minya)
Igreja Anglicana de São Salvador – queimada (Suez)
Igreja Evangélica de S Miguel – sitiada e saqueada (Asuit)
Igreja Evangélica de Minya – queimada (Minya)•
Igreja Adventista – queimada, pastor e esposa sequestrados (Asuit)•
Igreja Batista em Beni Mazar – queimada (Minya)•
Igreja dos Apóstolos – queimada (Asuit)•
Igreja da Renovação – queimada (Asuit)•
Igreja Evangélica de al-Zorby – Saqueada e destruída (Fayoum)•
Lojas, farmácias e hotéis de cristãos – atacados e saqueados (Luxor)•
Igreja e escola franciscana (Estrada 23) – queimada (Suez)
Convento e hospital Bom Pastor – queimada (Suez)•
Igreja do Bom Pastor, Convento do Bom Pastor – queimada com coquetéis molotov (Asuit)•
Igreja de S George – queimada (Minya)
Igreja dos Jesuitas – queimada (Minya)
Basilica de Fatima – atacada- Heliopolis•
Igreja Copta de São Marcos – queimada (Minya) 
Convento Franciscano (Sisters of the Immaculate Heart of Mary) – queimado (Beni Suef)•
Igreja of Sta Teresa – queimada (Asuit)•
Igreja e Escola Franciscana – queimada (Asuit)•
Convento de S José e escola – queimada (Minya)•
Igreja Copta do Sagrado Coração – calcinada (Minya)•
Convento das Irmãs de Santa Maria – atacado (Cairo)•
Escola do Bom Pastor – atacada (Minya)
Igreja Copta Ortodoxa de S George – queimada (Minya)•
Igreja de Al-Esla – queimada (Asuit)•
Diocese Otodoxa Copta de Qusiya – queimada (Asuit)•
Igreja de S George – queimada (Arish)•
Igreja de S George de al-Wasta – queimada (Beni Suef)•
Igreja da Virgem Maria – atacada(Maadi, Cairo)•
Igreja da Virgem Maria – atacada (Mostorod, Cairo)•
Igreja Copta Ortodoxa de São George – atacada (Helwan, Cairo)•
Igreja de S Maria El Naziah – queimada (Fayoum)•
Igreja de Santa Damiana – saqueada e queimada (Fayoum)•
Igreja de S Theodore – queimada (Fayoum)•
Igreja de S José – queimada (Fayoum)•
Escola Franciscana – queimada (Fayoum)•
Igreja Copta Ortodoxa do Centro de S Paulo – queimada (Gharbiya, Delta)•
Igreja Copta Ortodoxa de S Antonio – queimada (Giza)•
Igreja Copta Ortodoxa de S George – queimada (Atfeeh, Giza)•
Igreja da Virgem Maria e do Pai Abrãao – queimadas (Delga, Deir Mawas, Minya)•
Igreja de S Mina Abu Hilal Kebly – queimada (Minya)•
Igreja de Amir Tawadros – queimada (Minya)•
Igreja de Anba Moussa al-Aswad- queimada (Minya)•
Igreja dos Apóstolos – queimada (Minya)•
Igreja de Santa Maria – tentativa de incêndio (Qena)•
Igreja Copta de S George – queimada (Sohag)•
Igreja de Santa Damiana – Atacada e queimada (Sohag)•
Igreja da Virgem Maria – queimada (Sohag)•
Igreja de São Marcos e o Centro Comunitário – queimada (Sohag)•
Igreja de Anba Abram – destruída e queimada (Sohag) 
Casa do Frei Angelos (vigários da Igreja da Virgem Maria e Pai Abraão) – queimada (Minya)•


Fonte: http://crentenordestino.blogspot.com.br

Cresce pressão sobre cristãos na Índia

A cada mês, inúmeros relatórios mostram militantes provinciais Hindutva interrompendo reuniões de oração, intimidando pastores, insultando adoradores, e perseguindo as famílias cristãs nas suas casas e aldeias.

Na vasta e diversificada Índia, os Cristãos muitas vezes vivem livremente. Mas ainda assim, a Índia integra a lista dos 50 países onde a vida como um cristão é mais difícil, de acordo com o Portas Abertas Internacional, um ministério global que serve os cristãos que são pressionados por causa de sua fé. O país é o nº 31 na World Watch List 2013 da Portas Abertas, e isto ocorre em grande parte por causa de um período de nacionalismo hindu, ou Hindutva, que prevê a Índia como um Estado puramente hindu.


A cada mês, inúmeros relatórios mostram militantes provinciais Hindutva interrompendo reuniões de oração, intimidando pastores, insultando adoradores, e perseguindo as famílias cristãs nas suas casas e aldeias. As datas, locais e nomes mudam, mas muitos dos elementos permanecem: os cristãos são acusados ​​de forçar hindus à conversão; edifícios de igrejas são danificados; líderes da igreja na área intervêm; a polícia muitas vezes fornece pouca proteção. Os incidentes de maio de junho relatados aqui contêm tudo isto.
A Hindutva tem uma base política de direita nacionalista do Partido Bharatiya Janta da Índia, ou BJP. Ele é 2º partido na assembleia nacional e comanda ou participa do poder em sete dos 28 Estados da Índia, compreendendo cerca de 15 por cento da população do país. "Essa ideologia tem raiz firme, e conta com forte apoio em muitas estruturas do governo, como na polícia, por exemplo", diz a World Watch List.
A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA, órgão consultivo do Congresso norte-americano, afirma que o governo indiano criou programas destinados a impedir intimidação religiosa. Mas também afirma que os sobrecarregados tribunais do país,repletos de "corrupção política e preconceito religioso, particularmente nos níveis estadual e local", raramente punem agressões da Hindutva.
O resultado, segundo a Comissão, é um "clima de impunidade", especialmente em Estados com leis anti-conversão. Cinco estados indianos, três deles controlados pelo BJP, já aprovaram leis que colocam restrições sobre conversões religiosas.
"Embora pretenda reduzir as conversões forçadas e diminuir a violência comunal, os Estados com essas leis têm maiores incidentes de intimidação, assédio e violência contra as minorias religiosas, principalmente os Cristãos, do que Estados que não as têm", afirma o relatório anual 2013 da Comissão.
Fonte: Anajure

domingo, 18 de agosto de 2013

Atentado contra bairro cristão deixa dez mortos na Nigéria

População cristã do país sofre com o terrorismo do grupo islâmico Boko Haram


Membros do grupo islâmico radical Boko Haram, em Kano, na Nigéria, em outubro de 2010
Membros do grupo islâmico radical Boko Haram, em Kano, na Nigéria, em outubro de 2010 (HO / AFP)
Uma série de explosões na cidade de Kano, no norte da Nigéria, deixaram pelo menos dez pessoas mortas na noite desta segunda-feira. Os atentados aconteceram em um bairro cristão que já havia sido alvo, em março, de um ataque a bomba perpetrado pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

Leia também: Atiradores matam 27 crianças em escola da Nigéria


De acordo com os relatos, as explosões atingiram principalmente aqueles que estavam nas ruas para aproveitar a vida noturna do local. Uma testemunha contou para a agência Associated Press que viu um carro-bomba explodir perto de um bar.

Histórico - Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria dos ataques por enquanto, todas as suspeitas recaem sobre o Boko Haram, que tem como um de seus principais alvos a população cristã do norte da Nigéria. Em março deste ano, um ataque a bomba do grupo contra uma estação de ônibus de Kano matou mais de vinte pessoas.

O Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", busca derrubar ogoverno nigeriano e instituir um estado islâmico no país. Desde que a organização iniciou sua campanha de insurgência mais de 2.000 pessoas morreram, vitimas dos sangrentos atentados terroristas do grupo terrorista.

(Com agência EFE)

Fonte1; VEJA
Fonte2: Assembléia de Deus 

sábado, 17 de agosto de 2013

Islamofobia da imprensa ocidental esconde os cadáveres dos cristãos

Vejam este vídeo. É uma igreja copta, incendiada por milícias islâmicas no Egito. Volto em seguida.


Por Reinaldo Azevedo
No ano passado, pelo menos 105 mil pessoas foram assassinadas no mundo por um único motivo: eram cristãs. O número foi anunciado pelo sociólogo Maximo Introvigne, coordenador do Observatório de Liberdade Religiosa, da Itália. E, como é sabido, isso não gerou indignação, protestos, nada. Segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), 75% dos ataques motivados por intolerância religiosa têm como alvos os… cristãos. Mundo afora, no entanto, o tema quente, o tema da hora — e não é diferente da imprensa brasileira —, é a chamada “islamofobia”.

Existe islamofobia? Sem dúvida. Muitas vezes, no entanto, entra nessa categoria a justa reação de países ocidentais à tentativa de comunidades islâmicas de impor seus costumes à revelia das legislação dos países democráticos que as abrigam. O dado inquestionável, no entanto, é que a “islamofobia” gera, quando muito, manifestações de preconceito — em si mesmo odiosas. Já a “cristofobia” causou a morte de 105 mil pessoas só no ano passado. Há lugares em que ser cristão é, com efeito, muito perigoso: Nigéria, Paquistão, Mali, Somália e… Egito — especialmente depois da chamada “revolução islâmica”, ou “Primavera”, na linguagem, vamos dizer assim, floral da deslumbrada imprensa ocidental.

Números: desde a deposição de Mohamed Morsi, 52 templos cristãos, da Igreja Copta, foram atacados no país, especialmente no interior — 17 desses ataques aconteceram nos últimos dois dias, depois do confronto entre o Exército e as forças da Irmandade Muçulmana, que resultaram em centenas de mortos. Atenção! Organizações cristãs estimam em pelo menos 200 os cristãos assassinados por milícias islâmicas só depois da queda do líder da Irmandade Muçulmana.

A onda de indignação que se seguiu ao massacre dos partidários da Irmandade é justa. Não há como o mundo civilizado aceitar essa prática. E não serei eu aqui a relativizar a tragédia — nem de forma oblíqua. Até porque nunca sou oblíquo. Pago o preço de jamais ser ambíguo; não costumo esperar o andamento dos fatos e a consequente onda de opinião majoritária para deixar claro o que penso. Nem sempre é uma operação tranquila. O que me parece inaceitável é que os constantes ataques aos cristãos no Egito, desde a dita “revolução”, não tenham merecido jamais o devido destaque. “Ora, Reinaldo, por que o destaque seria ‘devido’? Só porque são cristãos?” Não! Porque eram e são agressões motivadas pela intolerância. Não há uma contabilidade oficial dos cristãos mortos — não que eu tenha encontrado ao menos. Mas passei aqui umas boas três horas e pouco lendo o noticiário desde a primeira ocupação da praça Tahrir, que resultou na queda de Hosni Mubarak. Somando-se todas as ocorrências, os mortos devem passar de 500. Protestos mundo afora? Quase nada!

Os islâmicos são muito mais eficientes em fazer circular a sua versão dos fatos. E com isso não estou negando o massacre. Mas indago: mereceu o devido destaque o fato de que os partidários de Mursi também estavam armados? “Ah, dar relevo a esse fato poderia servir para justificar as mortes.” Não justifica nada. Apenas se cumpre o dever de informar o que aconteceu. Adama Dieng, assessor especial de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, alertou para o risco de represálias aos cristãos. Risco? O vídeo lá no alto fala por si. Os ataques se intensificaram depois da queda de Mursi, mas são uma rotina desde que teve início a chamada “Primavera” no país. “Primavera” para quem?

Os coptas correspondem a 10% da população egípcia, estimada em 85 milhões de pessoas. Estamos falando de uma comunidade que reúne ao menos 8,5 milhões. Ainda que fossem apenas 85 pessoas! Uma Primavera libertária protegeria o seu direito de escolher uma religião. Não a “primavera” promovida pela Irmandade Muçulmana. Dei aqui destaque a uma entrevista que Duda Teixeira, de VEJA, fez em 2011 com Esam El-Eriam, porta-voz da Irmandade. Segundo ele, os responsáveis pela perseguição aos cristãos eram os partidários de Mubarak (o presidente deposto), os americanos e os israelenses. Teixeira, então, lhe dirigiu a seguinte pergunta, que mereceu uma resposta estupefaciente (seguem em vermelho):

Eu e meu fotógrafo viajamos até Soul, onde uma igreja e casas de cristãos foram incendiadas. Os moradores muçulmanos nos impediram de entrar na vila, acusaram-nos de ser espiões estrangeiros e nos ameaçaram… Parece-me improvável que estivessem a serviço de americanos e israelenses.
Se quiser, posso dar o telefone de uma pessoa na vila de Soul para acompanhá-los em segurança.

Entenderam? Igreja e casas de cristãos tinham sido incendiadas. Os muçulmanos impediam o acesso à vila, mas bastava um simples telefonema do representante da Irmandade — que nada tinha a ver com aquilo, claro!!! — para que os jornalistas entrassem “em segurança” na área proibida. Por que, então, a Irmandade não impediu os ataques? Resposta: porque eram promovidos, como resta evidente, por seus partidários.

O mais trágico nessa história toda, é bem provável, ainda está por vir. Eu cansei de ler na imprensa brasileira, americana, francesa, espanhola, de todo lugar, textos que chamavam a Irmandade Muçulmana de “força moderada”. Não me impressiona que essa gente tenha conseguido vender essa imagem à, digamos assim, “intelligentsia” ocidental, preguiçosamente “islamofílica” e, não custa lembrar, anti-Israel. É um desdobramento natural do antiamericanismo, um dos filhos bastardos das esquerdas socialistas. O socialismo morreu, sim, mas seus subprodutos compõem hoje em dia o establishment cultural. Quem se dedicar ao estudo das ideias encontrará facilmente os dutos que ligam a esquerda à propaganda islâmica — embora as revoluções islâmicas costumem enforcar esquerdistas. Eles não ligam. Lembro que Michel Foucault, por exemplo, escreveu verdadeiras odes em prosa à revolução iraniana, na qual conseguia enxergar, não estou brincando, até mesmo um apelo sensual, de natureza, pasmem!, homoerótica. Não estou brincando nem exagerando. Os homossexuais, como Foucault, foram pendurados em guindastes, pelo pescoço, em praça pública pelo regime dos aiatolás. Há gente que tem a ambição de saber o que se passava pela mente perturbada daquele senhor…

Encerro

Não existe democracia se inexistem valores democráticos. Se a Irmandade Muçulmana continuasse no poder — ou se vier a recuperá-lo —, retoma-se, ou a ela se dá continuidade, a rotina de caçar cristãos. Matam-se 10 hoje, 20 amanhã, 25 um pouco mais adiante. Nada que escandalize o mundo reverentemente islamofílico. Milícias muçulmanas massacraram, ao longo de cinco ou seis anos, pelos menos 400 mil cristãos em Darfur. Não valeram metade da tinta — ou dos bytes — dispensados aos mortos de há dois dias no Egito. Não, senhores! Não estou aqui a dizer que se deveria tratar essa tragédia como rotina. O que estou a dizer, sim, é que o mundo precisa começar a se importar também com os mortos sem pedigree militante ou que estão fora das ideias que compõem a metafísica influente.

Seria estúpido, mentiroso, falso, intelectualmente criminoso afirmar que os mortos de agora fizeram por merecer. De jeito nenhum! Mas não dá para fazer de conta que essa carnificina esteja fora dos planos da Irmandade Muçulmana, que moderada nunca foi. Fosse, não teria tentando usar a eleição democrática para implementar uma ditadura religiosa. O açougue que se vê nas ruas integra, infelizmente, a lógica do martírio, que compõe o universo escatológico dessa gente. A Irmandade tinha boas razões para antever que estava empurrando o país para o caos. E continuou na sua marcha. No fim das contas, morrer pela causa é considerado glorioso. Os algozes, que fazem o serviço sujo, são os odiosos colaboradores involuntários dessa mística do sacrifício.


Por Reinaldo Azevedo. Publicado originalmente em sua coluna no site da Veja.

Via: VINACC